quarta-feira, 4 de julho de 2007

ATÉ QUANDO AS MARCAS VÃO SOBREVIVER AO MERCADO DA PIRATARIA?

Por Adriana da Cunha Leocádio

Como faço habitualmente fui às ruas e shoppings verificar como andam as nossas vendas no pequeno e grande varejo, mas não em números e sim em relação à imagem vs. estilo. E como consultora de mercado fiquei impressionada com a força do mercado “genérico” e a dimensão que ele está tomando até mesmo junto as classes mais alta da sociedade paulistana. Não faço aqui nenhum tipo de discriminação do mercado pirata, até porque para mim, cada um deve ser feliz do jeito que pode.
Nunca o senso de estilo e estética foi tão levado a sério quanto é atualmente. Como dito pelo próprio Giorgio Armani " Ser elegante é ter estilo". A imagem do corpo perfeito, do estilo ideal de se vestir é " vendida" à todos através das grandes grifes nacionais e principalmente internacionais .
Com o fenômeno da Globalização todos têm acesso às novas tendências do mundo da moda. O que é usado nos EUA e na Europa têm um reflexo quase que imediato nas outras partes do mundo, inclusive no Brasil.
Contudo, no cenário brasileiro a realidade é mais funda ou melhor, “o buraco é mais em baixo”. Sempre defendi e ainda defendo o bom e velho marketing do boca-a-boca para o sucesso e consagração de uma marca ou produto. O que mais me chamou atenção nessa visita que fiz aos centros de compra, foi verificar que, o consumidor está sendo enganado pelo seu próprio núcleo de convivência, ou pela má qualidade de investimento publicitário das marcas aspiracionais, tidas como direcionadas ao “mercado do luxo”.
“A classe médio-alta paga mais caro por uma camiseta Adidas e um tênis Puma Pirata do que os originais vendidos em muitas lojas das próprias marcas, localizadas na zona sul de São Paulo, como a Emporium Off Price – por exemplo”.
Algumas mudanças nas peças das coleções e em aspectos da campanha publicitária ainda ocorrem devido às peculiaridades de cada mercado, influenciadas fortemente pela cultura, aspectos demográficos e geográficos como clima, por exemplo. Todavia o que se vende e como tais produtos são vendidos é basicamente igual em todo o mundo.
O ideal de beleza é global, vislumbrado em modelos de diversas raças e estilos que passam a ser vistas como a perfeição. Antes existia apenas um ideal de beleza mundial, hoje esse está justamente na mistura de diversas culturas, raças e sociedades.
A moda antes, limitada às passarelas, se associou ao glamour da música e do cinema e ao mundo esportivo, dessa forma atingindo um número maior de adeptos a cada dia. As grandes marcas esportivas estão crescentemente mais próximas das grandes grifes e os atletas dos top models. Um exemplo dessa associação é o desfile da grife de lingerie Victoria’s Secret., este ano o desfile foi feito durante o festival de cinema de Cannes.
Porém, se as grifes, marcas cobiças não entrarem fortemente no mercado, utilizando ferramentas de baixo custo publicitário, parcerias com produtos que formam a “venda completar” , ou seja, pequenos e médios varejos com cara de grandes magazines, com o fator agregado das marcas aspiracionais.
Todos têm o direito de usar tudo, não existe a marca do rico e a marca do pobre, contudo, existe a marca dos espertos “aqueles que sempre querem levar vantagem em tudo”. Se o seu orçamento não comporta entrar nos renomados shoppings ou centro de compra luxuosos, procure com atenção que você encontra lojas que vendem os mesmos produtos consagrados com preços e forma de pagamento acessível e faça da internet um grande aliado nessa busca.

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