quinta-feira, 8 de maio de 2008

MÉDICO versus PLANOS DE SAÚDE

Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org
Fone: (11) 8206.0030
e-mail: adriana@portalsaude.org

Nessa minha convivência no mercado da saúde, tenho conversado muito com médicos de diferentes patologias e acabei chegando a triste conclusão que médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem valores vergonhosos por consulta. Aqueles que por alguma força do destino conseguiram seu credenciamento junto a alguma operadora de saúde suplementar, pois a maioria que tem qualificação exemplar não consegue fazer parte da lista de credenciados.

Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos. Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização da atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.
Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: "Os médicos não examinam mais a gente"; "O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava”; "Minha consulta durou cinco minutos”.
Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.

É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Conversando com médicos com experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é.

“O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente.”

Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando médicos se vêem obrigados a avaliarem quadros clínicos complexos entre dez e 15 minutos. O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a "perder" com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado.
A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.

Além disso, entra em campo o judiciário que vem salvar vidas através das mãos de “ainda” raros profissionais advogados especializados na área da saúde, que fazem prevalecer os direitos constantemente negados, principalmente quando os tratamentos solicitados são referente a doenças crônicas que em sua maioria resulta em tratamento de alto custo. Se falar na assistência farmacêutica então, ou mesmo o home care, ai a situação só piora.

Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta à alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do "eles fingem que pagam, a gente finge que atende”.
O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados. Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa.

MULHERES NO MERCADO DE AUTOPEÇAS

Por Adriana Leocádio
www.portalsaude.org

Informação que faz bem a saúde
Fone: (11) 8206.0030


“TODA HISTÓRIA QUE VOCÊ OUVE DO PASSADO TEM UMA CARRUAGEM BONITA QUE CONDUZIA A CINDERELA”.

O começo dessa história passa a ficar interessante no momento que a “Carruagem” quebra ou mesmo necessita de simples reparos. Será que as “Cinderela” vão recorrer aos seus devidos “Príncipes” para resolver o problema!

Não é o que temos observado quando analisamos o mercado de varejo de autopeças. Em alinhamento com todas as tendências mercadológicas que posicionaram a mulher dos novos tempos, faz parte da sua independência também ir a luta quando o problema é “carro”.

Diferente dos homens, as mulheres tendem a pechinchar mais os preços, por isso quando vão ao varejo de autopeças costumam sentir-se intimidada pelo ambiente extremamente machista, sem cultura feminina, como se mulher não pudesse freqüentar aquele espaço – “mecânica é coisa pra homem”. Ai é que mora o perigo, ou melhor, sucesso ou fracasso desse estabelecimento.

Hoje as mulheres já representam o principal papel da decisão da escolha do automóvel, seja para uso individual ou familiar. Essa escolha não é mais determinada meramente na cor e acessórios como: “espelho e luz interna”. As mulheres hoje fazem escolhas racionais, principalmente no que tange a segurança, lógico que sem perder o aspecto emocional que envolve a aquisição de um automóvel na vida de todos nós.

Contudo, quando o assunto é manutenção, o buraco fica mais em baixo. O varejo de autopeças parece que ainda não despertou para esse poderoso segmento de mercado e continua mantendo suas lojas no formato de há 10 anos: escuras, sem higiene, pouca identificação, falta de consultores de vendas, ou seja, um ambiente onde deixa por vezes a consumidora inibida de freqüentá-lo. Veja bem, eu disse “inibida” e não “insegura”. Eu costumo procurar auxilio no meu Pai para realizar essa tarefa para mim, pois me sinto desqualificada pela Loja e todo seu conteúdo ao tentar ir buscar o que preciso. Ou pior, acabado preferindo pagar mais caro e entrego meu carro na mão da Concessionária, pois terei o aval da marca e me sinto mais segura.

Não precisamos ir longe para saber as principais regras para tornar uma Loja de autopeças adequada as necessidades de todos, em especial das mulheres.

Meus conselhos para o varejista são buscar focar nos seguintes itens, conforme o tamanho da sua Loja: liberdade de movimentação, dividir por setores de produtos, acessibilidade para olhar e manusear os produtos, trabalhar com marcas de credibilidade, ter um ar de universalidade social, ou seja, é uma Loja democrática, para todos, dinamismo sempre renovando os produtos e colocando disponível o que há de mais moderno com qualidade, sem esquecer obviamente de ofertar: atendimento personalizado – vendedor com postura de consultor, facilidade de pagamento, conforto – café, água, banheiros, local para sentar.

Literalmente é tratar seus clientes como: Reis e Rainhas.

COMPORTAMENTO DE CONSUMO

A mudança no comportamento da mulher diante do consumo

Por Adriana Leocádio
www.adrianaleocadio.blogspot.com

Fato claro em nossa sociedade é um só: Quem compra tem poder. E isto, é resultado da construção de um mercado feroz que se deleitam na falência dos conceitos primórdios dos valores sociais. Quem sou eu? Quem é você? Quem somos nós?
Estas perguntas podem ser respondidas de maneiras diversas. Se quisermos focar no ato de consumo, podemos responder seqüentemente que alguém consome outro alguém também consome e, finalmente, nós somos os indivíduos que consomem em uma sociedade essencialmente consumista.
E AS MULHERES MUDARAM SEU COMPORTAMENTO DIANTE DO CONSUMO?
A mídia é a grande responsável pela criação de desejos, fazendo com que as pessoas, que são seres que sempre desejam alguma coisa, sintam a necessidade de possuir cada vez mais e mais. O desejo de consumo, também está ligado ao fato de que a sociedade em geral, trata melhor quem se apresenta bem e isso é um fato relevante! O poder da mídia pode ser comprovado, pelo comportamento do consumidor, que acaba cedendo aos apelos da publicidade e comprando algo que muitas vezes ele nem precisa. O que importa é estar na moda, é ter beleza para refletir nos olhos alheios. É isso que a sociedade pede, e por mais que digamos que não, é isso que queremos ofertar à sociedade, que é consumista e influenciada pela mídia há muito, muito tempo.
Muita gente pensa que assertividade vem de acerto, isto é, o ato de acertar. Na verdade, a palavra assertividade vem de asserção, que significa afirmação. Afirmação, ou melhor, auto-afirmação, é o que as pessoas buscam quando vão as compras. Tudo começa pelo ato de comprar.
Na minha ótica de consultora, qualifico as mulheres de forma ,macro, independente da sua classe social em 5 (cinco) estilos de mulher - sexy, sofisticada, moderna, básica, romântica.
Contudo, essa mesma mulher tem o poder de incorporar vários estilos em um dia. De manhã é básica (vai caminhar, por exemplo), logo depois é sofisticada (vai para o trabalho) e no fim do dia adota um look mais sensual (vai para a balada)... O que pode parecer uma atitude volúvel, na verdade mostra toda a versatilidade feminina. O que de “certa” forma poderíamos sim constatar um novo padrão de consumismo por parte das mulheres.

MAS SERÁ QUE ESSE UNIVERSO É MESMO REAL?

Na minha ótica, a mulher é muito volúvel sim, porque não dizer é um perfeito “camaleão”. Contudo não acredito nessa versatilidade diária. Acredito sim que os 5 (cinco) estilos existam, mas somente um predomina. É claro que se “houver” necessidade a mulher pode incorporar um papel especial para uma comemoração sazonal.

Para mim, a mulher sexy assume essa identidade todos os momentos do seu dia, isso faz parte da sua essência. Ela vai usar roupas para caminhar sexy, vai trabalhar trajando roupa sexy (incluindo as intimas), perfume sexy, e vai pra balada pronta pra matar, ou seja, independente de onde esteja ela é sexy.

O mesmo ocorre para todos os outros estilos. Eu por exemplo sou adepta do estilo despojado, porém fashion, sempre procuro criar um look próprio em tudo que utilizo durante meu dia.

E gostaria de ressaltar que isso já não é mais um privilegio do Universo feminino, o masculino vem comendo pelas beiradas e assumindo um importante papel nesse mercado.

PARA MIM O QUE PREVALESCE DE TODOS OS ESTILOS É A VAIDADE

“Não há graus de vaidade, apenas grau de habilidade em disfarça - lá”, a já afirmava sabiamente o escritor e romancista norte-americano Mark Twain (1835-1910). E, convenhamos, nós mulheres sabemos muito bem como disfarçar nossas pequenas (sejamos boazinhas!) imperfeições. Não importa se temos muito ou pouco dinheiro, sempre arrumamos um jeitinho para dar uma guaribada no visual.

Em suma, na minha opinião não existe uma mudança real no padrão de consumo das mulheres, existi uma qualificação maior. A mulher é impulsiva por natureza, mesmo as declaradas racionais e quando o objeto de desejo toca sua essência, ela fará de tudo para obter.