sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

NA VIDA E NA MODA, VIVA AS DIFERENÇAS

O que importa é estar na moda é ter beleza para refletir nos olhos alheios.
Muita gente pensa que assertividade vem de acerto, isto é, o ato de acertar. Na verdade, a palavra assertividade vem de asserção, que significa afirmação. Afirmação ou melhor, auto-afirmação é que as pessoas buscam quando vão as compras. Tudo começa pelo ato de comprar.
Fato claro em nossa sociedade de que quem compra tem poder. Isso é resultado da construção de um mercado feroz que se deleita na falência dos conceitos primordios dos valores sociais.
Quem sou eu? Quem é você? Quem somos nós?Estas perguntas podem ser respondidas de maneiras diversas. Se quisermos nos focar no ato de consumir, poderíamos responder respectivamente: alguém que consome, outro alguém que também consome e, finalmente, nós somos os indivíduos que consomem em uma sociedade essencialmente consumista. A mídia é a grande responsável pela criação de desejos, fazendo com que as pessoas, que são seres desejantes, sintam a necessidade de possuir cada vez mais. O desejo de consumo também está ligado ao fato de que a sociedade em geral, trata melhor quem se apresenta bem.O poder da mídia pode ser comprovado, de acordo com Adriana Leocádio, pelo comportamento do consumidor, que acaba cedendo aos apelos da publicidade e comprando algo que nem precisa.
A moda tem historicamente criado uma associação forte entre feminilidade, masculinidade e a busca do estar na moda, onde se realça a importância da aparência na construção social. Logo, tanto homens quando mulheres são suscetíveis às mensagens de moda que os homens.
A relevância deste trabalho está em auxiliar no entendimento do fenômeno do consumo de moda e mostrar a sua importância para a mulher e homem contemporâneos como forma de expressão e interação social.

Diferentas entre os sexos são indiferentes

Segundo Adriana Leocádio, o que importa é comprar. Isso fica evidente quando analisamos a cadeia de produtos e conceitos que o mercado vem disponibilizando nas lojas e nas revistas.
Para exemplificar isso é só pensarmos que o termo metrossexual foi criado há cerca de quatro ou cinco anos para classificar homens heterossexuais extremamente vaidosos. Quando o termo foi criado, referia-se a homens adultos moradores das metrópoles, possuidores de boa situação financeira, adeptos de roupas e produtos de beleza de grifes famosas e interesse por assuntos como a gastronomia sofisticada e jardinagem artística.
Os perfumes hoje seguem uma tendência de fragancia e embalagens completamente opostas ao passado. Homens preferem tons mais adocicados e frutais, embalagens refinadas, calças de cintura baixa, camisas fit, tons rosados,frequentam salões de beleza e usam anéis e colares de aço com ouro ou prata.
Recomendo a todo varejista, publicitário e marketeiro ter o seu dia de cliente. Melhor do que qualquer pesquisa qualitativa ou quantitativa é ir as compras. Entrar em consagradas perfumarias é perceber que o perfumes direcionados ao publico masculino são os mais utilizados pelas mulheres. O creme para proteger das rugas ou amaciar os cabelos das mulheres são os mais utilizados pelos homens. Que nas famosas griffes casual esporte, as calças jeans tendem a ser genéricas.
Sendo o mais direto possível, podemos ficar com a explicação de que assertiva é a pessoa que afirma e se firma. A pessoa que se estabelece, que conquista seu espaço através de opiniões embasadas em fatos e dados, conferindo credibilidade à afirmação. Produtos são providos de significado e na sociedade; o grande desafio é entender como as pessoas compõem o seu próprio conceito e compram ou rejeitam produtos que as identifiquem com a forma idealizada, impulsionadas pelas mensagens simbólicas deles.
Na sociedade capitalista vários são os motivos que movem uma pessoa a comprar: necessidade real, carência afetiva, manutenção do status, adquirir poder ou projeção imediata, modismo, apelo do marketing, influência de determinado grupo de convívio, ilusão de segurança, etc. Sabendo disso, o mercado sempre oferece algo novo para ser consumido com a promessa de ser mais bonito, mais prático, mais eficaz, mais tudo, enfim. Isso com o objetivo claro de desencadear em todos nós a compra por impulso, aquele algo a mais que compramos, em geral, atraídos pelo apelo publicitário instantâneo.
Não se deve esquecer que a conformidade do indivíduo à moda se dá, fundamentalmente, pelo desejo de assemelhar-se aqueles que são considerados superiores, aqueles que brilham pelo prestígio e pela posição.
Esses fatos podem ser observados em ambos os sexos, todas as classes socias, diferentes idades e capitais brasileiras, além das obções sexuais.

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